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Helena Besserman Vianna
MANIFESTAÇÕES PELO FALECIMENTO DE HELENA BESSERMAN VIANNA
REDE DOS ESTADOS GERAIS DA PSICANÁLISE
Com grande tristeza e pesar comunicamos o falecimento de Helena Besserman Vianna, ocorrido em 07/04/02, no Rio de Janeiro. Médica, psicanalista, nossa companheira de trabalho nos Estados Gerais da Psicanálise, que na sua luta em favor da ética na psicanálise, motivou a convocação desse movimento.
O seu trabalho no campo da psicanálise nos deixou vários artigos e livros como: As bases do amor materno escrito com Teresa Pinheiro e Não conte a ninguém, traduzido ao francês e ao espanhol. A sua presença inquieta e a sua capacidade realizadora nos fará muita falta.
Tendo participado ativamente dos movimentos contra a ditadura militar. Recebeu a medalha Chico Mendes, em homenagem ao seu empenho pela redemocratização do Brasil.
S.Paulo, 08/04/2002
Maria Cristina Rios Magalhães
pelo comitê internacional de preparação
dos Estados Gerais da Psicanálise no Brasil
"Caros colegas,
lamento ser porta voz da perda de nossa corajosa e ativa companheira Helena BessermanVianna, neste domingo, 7 de abril. Abraços"
Miguel Calmon
Rio de Janeiro, 07/04/02
"pour le décès d'Héléna Besserman Vianna. Sans elle les É.G.P. n’auraient pas vu le jour. Nous lui devons tous beaucoup"
Anne Geneviève Roger
Paris, 8/04/02
"Helena merece a homenagem de todos nós, ligados ou não a psicanálise. Grande e corajosa figura Deixo aqui minha sincera homenagem"
Lenita Bentes
09/04/02
"Lamento profundamente. Alguém forte como ela nos fará muita falta"
Dayse Stoklos Malucelli
Curitiba, 10/04/02
"Que perda a morte de Helena Besserman Vianna. Fiquei chocada ao receber essa notícia"
Heidi Tabacoff
S.Paulo, 10/04/02
"Mi más sentido pésame por el fallecimiento de esta colega tan destacada"
María Eugenia Gabes
Buenos Aires,10/04/02
"Me impacto la noticia de la muerte de Helena. fue una mujer de mucho coraje con la que yo establecí un vinculo de gran simpatía"
Janine Puget
Buenos Aires, 10/04/02
"Ainda procuro digerir a perda de Helena, na outra 2a feira ela participou de nossa reunião..e uma semana depois era a despedida no João Batista....difícil e triste"
Olga Ruiz Correa
Rio de Janeiro, 10/04/02
"Mis más sinceras condolencias"
Roberto Stazzone
Mar del Plata - Bs. Aires
R.Argentina
10/04/02
Caros Participantes dos Estados Gerais da Psicanálise,
Convido a todos para assistirem o espetáculo "Nervos de Deus "baseado no livro Memórias de um Doente dos Nervos, de Daniel Paul Schreber, em homenagem à Helena Besserman Vianna, dia 18/04/02, no SESC Ipiranga, Rua Bom Pastor, 822 - às 21 Hs -tel: (11) 3340-2000".
Eugênia Thereza de Andrade
Concepção e Direção
"Lamento profundamente la pérdida de esta psicoanalista y luchadora de los derechos humanos,
y realizaré un homenaje en mi Seminario para compartir el dolor que nos embarga"
Silvia Bleichmar
Buenos Aires, 11/04/02
"Recibí con tristeza la noticia de la muerte de Helena Viana. Tuve oportunidad de conocerla
y trabajar con ella en el Encontro del 99. Pude allí apreciar la valentía y entusiasmo que destacas en tu mail.
Hago llegar por tu intermedio un abrazo afectuoso a sus amigos más cercanos"
Carlos Guzzetti
Buenos Aires, 11/04/02
"Da mesma forma lamento a perda, mas me alegro ao poder avaliar e compartilhar a ética
com que a pequena grande mulher, Helena Besserman brindou a Psicanálise como um todo e
a brasileira em particular.
Assim como Nise da Silveira, ela também nos impede de ceder aos chamados menos
valiosos de nossa ação no mundo.
Aproveito o ensejo para reconhecer e admirar seu trabalho para que o campo psicanalítico
possa evoluir para além da Kultur"
Osmar Ferreira de Oliveira
Rio de Janeiro, 11/04/02
"Envio minhas condolências e solidariedade a essa grande perda"
Mônica Campedelli
Professora do Curso de Psicologia da Universidade de Alfenas
Alfenas, 11/04/02
"Caros colegas,
foi com imenso pesar que recebemos a notícia do falecimento da colega Helena Vianna.
Todos os componentes da Escola Brasileira de Psicanálise/RJ se solidarizam com a dor de
seus companheiros e familiares nesse momento de tão irreparável perda.
Recebam nosso mais afetuoso abraço de alta estima e consideração"
Sara Fux,
Diretora Geral da EBP/RJ
Rio de Janeiro, 11/04/02
"O GEP-RIO 3, através de sua Diretoria, lamenta a perda da estimada colega Helena Vianna,
e envia nossos votos de pesar a todos os seus familiares. Certamente amante da Psicanálise,
inovadora e dinâmica, será menos uma batalhadora na defesa e difusão de uma profissão tão
questionada nos últimos tempos. Aceitem nossos sinceros pêsames Cordialmente"
Dr. Cláudio Cals - Secretário
Rio de Janeiro, 11/04/02
"Sentimos muito tal fato"
Secretaria Administrativa do UEPSI
11/04/02
"Desolée. Je t'embrasse très fort"
Silvia Bolotin"
Buenos Aires, 11/04/02
"Soube, com tristeza, da notícia na segunda-feira passada. O luto é de todos nós"
Robson Pereira
Porto Alegre,11/04/02
"La muerte de Helena Besserman Vianna nos ha llenado de consternación a los analistas del
grupo Circulo psicoanalítico y al Comité Permanente por los Derechos Humanos de Bogotá.
Ella fue una verdadera luchadora por la democracia y la verdad dentro del psicoanálisis. El
duelo que en estos círculos se elabora, debe llevarnos a una permanente lucha por una
organización psicoanalítico mundial que, antes que contribuir con su silencio o su estímulo al
burocratismo esté al día con la lucha de los pueblos. Atentamente"
José Gutiérrez
Colombia, 11/04/02
"Tive a noticia do falecimento da Dra. Helena através do filósofo Denis Rosenfield, que estava no
Rio na terça feira e pensei realmente em mandar um e-mail para vocês para expressar as minhas
condolências, uma vez que acompanho há muito tempo o esforço pessoal que ela fez por uma
psicanálise mais ética. Sei que através de seu jeito inquieto que pode tomar voz e usar da palavra
para dizer o que acontecia no nosso meio. É uma perda que a psicanálise sofre com a sua morte
e a rede dos estados gerais. Penso que o maior atributo que podemos ou não ter é a honestidade e
o respeito e ela sem dúvida foi uma ferrenha defensora. Mando meu abraço a todos e imagino
que alguém que teve a FORÇA que ela teve, fará muita falta"
Cordialmente,
Augusta G. Heller
12/04/02
"Compartilhamos com todos esse momento de emoção e perda da Psicanalista Helena Besserman"
Sociedade Psic. do Recife
Recife, 12/04/02
"Hemos recibido con gran pesar la noticia del fallecimiento de la Dra. Helena Besserman Vianna,
acaecido el 7 de abril pasado.
La Asociación Psicoanalítica de Buenos Aires, todos sus miembros, la Comisión Directiva y
nosotros en particular, hacemos llegar a ustedes nuestras condolencias por la pérdida de tan
destacada figura del ámbito psicoanalítico"
Afectuosamente,
Lic. Silvia Dvoskin Zadoff Dr. Asbed Aryan
Secretaria Presidente
Buenos Aires, 12/04/02
"Quiero manifestar mi pesar por el fallecimiento de la compañera Helena Besserman Vianna, a la
que tuve el honor de conocer en el Encuentro de San Pablo. El movimiento de los EEGG del
Psicoanálisis tendrá siempre un reconocimiento muy grande a quien por su entereza y fortaleza
ética supo darle impulso. Me comprometo a que el próximo encuentro latinoamericano en
Buenos Aires rinda sentido homenaje a su trayectoria y personalidad."
Luis Vicente Miguelez
Buenos Aires, 13/04/02
"Con pena recibo la triste noticia de la muerte de Helena Besserman.
Efectivamente fué persona clave en la iniciación del movimiento de los E.G.,
y su ausencia nos enluta a todos, Reciba mi sentimiento y un abrazo para
todos los que compartimos el desafío de los E.G. y el esfuerzo por un
psicoanálisis en el que la ética sea efectiva.Con afecto"
Gilou Garcia Reinoso
Buenos Aires, 14/04/02
"Compartilho do lamento pela perda"
Durval Mazzei Nogueira Filho
S.Paulo, 13/04/02
"Los miembros de Reuniones de la Biblioteca, red de investigación en psicoanálisis manifiestan su pesar por el fallecimiento de la colega Helena Besserman Vianna, compañera de ruta y reconocida personalidad en el campo del psicoanálisis y de la lucha por los derechos humanos."
www.reunionesdelabiblioteca.com
Coordinación General
Carlos Guzzetti
Luis V.Miguelez
Buenos Aires, 15/04/02
"Vimos solicitar que nos envie o endereço dos familiares da falecida médica, psicanalista, Helena
Besserman Vianna, a fim de que possamos mandar correspondência, expressando nossos sentimentos
de pêsames.
Certos da atenção de V. Sª, subscrevemos.
Atenciosamente"
Diretoria do CRP-04
S.Paulo, 15/04/02
"Desde que recebi a notícia da morte da Dra. Helena Besserman Viana fiquei impressionado e com vontade de escrever e hoje vejo que outros ficaram com vontade de escrever e foram além, escreveram mesmo. Li todas as mensagens e fiquei pensando que os Estados Gerais cumprem também a função de criar uma rede de solidariedade, de homenagem a uma psicanalista cuja importância ainda está por serr avaliada. Sua coragem, seu compromisso com a sociedade, com a vida política é da mais alta importância. Ficam perguntas: Quem somos como psicanalistas nesta sociedade de privilégios e de tantos excluídos? Porque tão poucos psicanalistas buscam uma maior relação com o Forum Social? E com outras estruturas que debatem mudanças políticas? Por outro lado tem a questão da morte, e o impacto da morte de colegas em nós, ou a morte de pacientes. Quanto escrevemos, falamos sobre a morte no real? Não há um relativo silêncio em nosso meio? Enfim Maria Cristina quero que recebas os meus cumprimetos por mais esta oportuna iniciativa de homenagear a tão importante colega- A Dra. Helena Besserman Vianna"
Saudações
Abrão Slavutzky
E-maail: slavutzky@uol.com.br
P.Alegre, 17/04/02
"Alguém como Helena nos deixará muita falta. Lamento profundamente"
Maria Eroneide
Recife, 17/04/02
"Expressamos nossa solidariedade a esta manifestação pela perda de Helena Besserman Vianna, analista que não tivemos a chance de conhecer pessoalmente, senão através de seus trabalhos e seus atos éticos"
Maria Augusta Friche
Milton Ribeiro Sobrinho
Jeanne D`Arc Carvalho
Silvia Myssior
P/ Direção do Aleph - Escola de Psicanálise
Belo Horizonte, 17/04/02
"Nossas condolências pela perda da colega Helena Besserman Vianna"
Colegas da Associação Psicanalítica de Porto Alegre.
telegrama recebido em 17/04/02
"Lamento receber esta noticia da morte de Helena Besserman Vianna. Temos nela um exemplo de coragem e, dedicação a tudo que dignifica a condição de sermos humanos. Uma grande perda para todos"
Paulo M Bacha.
presidente do Grupo de Estudos Psicanalítico de Mato Grosso do Sul
Mato Grosso do Sul, 18/04/02
"Lamento profundamente, la pérdida de una analista,que tanto luchó por mantener el sentido ético en el psicoanálisis.
Mis sinceras condolencias"
Lidia Szafir.
Madrid, España.
18/04/02
"Lamentamos profundamente a perda da querida amiga e colaboradora Helena Besserman Vianna. O seu trabalho e suas atitudes enriqueceram muito a Psicanálise.
Na tristeza dessa despedida, enviamos os nossos abraços solidários aos seus familiares e demais amigos"
Maria Cristina Rios Magalhães
Diretora da Editora Escuta e Livraria Pulsional
S.Paulo,18/04/2002
" Foi com imenso pesar que recebi aqui na
serra (Petrópolis) a notícia do falecimento de Helena.A
psicanálise, sobretudo a brasileira, perde uma de suas
principais damas. E num momento onde lutamos, como num jogo de xadrez,
pela ética na psicanálise, perder a
dama é de reparação difícil. Desejo assomar, em
solidariedade, minha tristeza a dor da família.
Com pesar"
Pedro PAulo V. A. Azevedo
Petrópolis, 19/04/02
"Nós, professores do Curso de Psicanálise do Instituto Sedes Sapientiae, queremos expressar nosso pesar pela morte de Helena Besserman Vianna, e render nossa homenagem a esta psicanalista compromissada com nossa disciplina e com a realidade política de nosso tempo.Compartilhamos, no passado, jornadas de trabalho e no futuro continuaremos difundindo suas idéias com as quais temos grande sintonia"
S.Paulo, 28/04/02
"Expresso minha solidariedade à perda de Helena Besserman Vianna. É relevante a discussão do papel social do analista como bem aponta o colega Abrão Slavutzky, a morte do outro sempre nos estimula a repensar os nossos papéis. Saudações"
Jorge Gomes da Silva Sobrinho
E-mail: jorge.sobrinho@uol.com.br
Recife/Pernambuco, 01/05/02
"Acontecimento incontornável o falecimento de Helena B. Viana. Acompanhei a primeira reunião no Hospital St Anne, em Paris, em janeiro de 1997, momento em que a conheci e onde senti sua persistência na luta pelos seus ideais apesar das vicissitudes e resistências que encontrou ao longo e após os anos da ditadura. Quando se vive fora de seu país de origem este movimento, que representa uma mudança histórica no seio da Psicanálise, em grande parte iniciado por Helena, nos serve de inspiração frente a possíveis adversidades"
Renata Volich Eisenbruch
Sydney, 02/05/02
"Quiero expresar mi pena por el fallecimiento de Helena. Tuve la oportunidad de conocerla en Buenos Aires en Abril de 1998, durante una entrevista que me concedió para la Revista Devenir del Claustro de Candidatos de la Asociación Psicoanalítica de Buenos Aires. Esta fue una gran oportunidad para conocerla y poder CONTARLE A TODOS, aquello que "no debía ser dicho"..Muchas Gracias Helena!!!"
Mirta Groshaus.
Buenos Aires.10/5/02
Helena Besserman Vianna,
ta parole désormais brise leur silence
(† le 7 Avril 2002)
Es-tu entré dans les trésors de la neige,
As-tu aperçu les dépôts de la grêle,
Que je tiens en réserve pour les temps de détresse,
Pour le jour du combat et de la guerre?
Quelle est la voie où se disperse la lumière,
Par où le vent d'Est se répand sur la terre ?
(Job XXXVIII, 20-24)
J'ai su très peu de toi. Me restent en mémoire tes récents courriers où, répondant chaleureusement à mon incroyable ignorance parisienne, tu paraissais si jeune, si jeune que je n'aurais pas pensé que tu puisses mourir maintenant. Il est donc toujours jeune, le combat solidaire, et si solitaire, pour la dignité humaine.
Nous avions rendez-vous à Rio de Janeiro pour la Deuxième Réunion Mondiale des États Généraux de la Psychanalyse de 2003 dont tu as signé l'appel. Psychanalyste membre de la Société Brésilienne de Psychanalyse de Rio de Janeiro, tu as contribué à en choisir le thème: Psychanalyser aujourd'hui (l'actualité de/dans la psychanalyse et l'analyse de l'actualité).
Depuis 1997, grâce à la traduction de ton livre Politique de la Psychanalyse face à la dictature et à la torture, préfacé par René Major, nous savons en France quel témoin tu as été ces trente dernières années de dysfonctionnements des sociétés analytiques qui ont couvert de leur silence, au nom de leur "apolitisme" et de leur "neutralité", un cas de compromission manifeste avec la dictature militaire et la pratique de la torture - dans le temps de la dictature militaire au Brésil. "Témoin", c'est-à-dire dénonciatrice mais aussi victime de complicités psychanalytico-policières.
Tu fus accusée à tort de calomnie dans les milieux analytiques, mais cette action de résistance à la dictature militaire avait fait de toi une sorte d'"héroïne civile" dans ton pays, et le prix Chico Mendes t'y fut décerné.
Tu as posé dans ta vie comme dans tes écrits la nécessité pour la Psychanalyse de se soutenir d'une éthique appuyée sur notre capacité à nous indigner. S'agissant de la défense de la Psychanalyse autant que de la défense des droits de l'Homme, tu as interrogé la formation des psychanalystes, les mécanismes de transmission transgénérationnels susceptibles d'expliquer la compromission récurrente de la "psychanalyse" avec des dictatures qui en compromettent l'exercice, depuis l'acceptation au sein de l'IPA de la démission forcée des analystes juifs de l'Institut Psychanalytique de Berlin sous le III ème Reich. Analyse congruente avec celles de René Major, et largement inspirée de la clinique des secrets pathogènes .
En 1995, l'affaire "brésilienne" n'était pas close: le Conseil exécutif de l'IPA refusait d'accepter les conclusions sans appel du comité d'éthique qu'il avait lui-même chargé d'enquête. Ces faits entraînèrent, entre autres démissions, celle de René Major, du sein de l'IPA, en 1996: ce dernier appela ensuite à la tenue des premiers États Généraux de la Psychanalyse, qui se déroulèrent à Paris en l'an 2000, manifestation marquée par l'interrogation des liens entre psychanalyse et politique, et le discours mémorable de Jacques Derrida: tu annonças alors ta propre démission de l'IPA.
Ainsi le débat est ouvert sur les conditions de possibilité politiques de l'exercice de la psychanalyse aujourd'hui, et les implications des dysfonctionnements qui y dérogeraient.
Je sais bien que tu n'es plus là pour nous entendre, Helena, toi qui comme tout psychanalyste emportes tant de secrets au Royaume des Ombres…. Aussi, avant de poursuivre ce débat, je ne voudrais pas te quitter sans un sourire, clin d'œil au terme d'une célèbre comédie: "Nobody is perfect".
Aucune institution non plus. Tout ce qu'on souhaiterait, afin d'éviter le pire, c'est que chacun soit en mesure, quand c'est nécessaire, de le reconnaître. Une institution incapable de le faire ramène en moi cette question: le "Père de la Horde", est-il bien mort, lui? Combien de temps continuerons-nous à le protéger dans nos têtes, nous-mêmes protégés par nos loyautés familiales, institutionnelles ou communautaires, et l'ombre de sa supposée toute-puissance ?
Salut à toi, Helena, vivante à ta façon, du seul fait que ta parole est venue briser leur silence .
Corinne DAUBIGNY
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