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Emílio Modena (Suíça)

Plenária de Encerramento

Caros colegas: nesta sessão de encerramento gostaria de retomar o que lhes disse na minha leitura de quinta-feira.  Era preciso esperar domingo à tarde para avaliar.  Posso agora responder em meu nome próprio e no de Losicer, que havia pretendido uma aposta, a de nos fazer pagar o preço justo.  Pois bem, minha resposta é afirmativa.  Sim, recebemos o que esperávamos, para mim, pessoalmente, foi a descoberta da psicanálise no Brasil, uma psicanálise muito rica e muito viva.  Obrigado.  Mas era também um encontro mundial.  Que alegria reencontrar meus antigos amigos argentinos do grupo Plataforma e que alegria também ter tido novos encontros, apaixonantes, com as mulheres e homens da França e da Bélgica.  Dito isto, é claro que eu desejo que esta experiência única deste encontro internacional, perfeitamente transversal, possa continuar, mas como?  Vejo duas possibilidades: a primeira é fazer valer a soberania desta assembléia aqui dos Estados Gerais, nós poderíamos se quiséssemos eleger hoje um comitê executivo com dois representantes do Brasil, dois da Argentina, um do México, um americano dos Estados-Unidos, um suíço, um belga e dois franceses, no total dez pessoas, e dar-lhes a tarefa de organizar o Terceiro Mundial dentro de dois ou três anos.  Seria então um verdadeiro Comitê Internacional Executivo dos Estados Gerais, detentores da soberania do movimento.  Há ainda uma segunda possibilidade que eu poderia aceitar também: seria a de deixar o poder em Paris, na mão da Associação dos Amigos dos Estados Gerais.  Isto seria, claro, bem mais cômodo, mas bem menos soberano.  Neste caso, seria necessário, para os colegas franceses, considerar o fato de algumas críticas que eu me permito formular rapidamente.  Primeira crítica: introduzir a língua alemã, se quisermos integrar ao movimento  psicanalistas da Suíça, da Alemanha e da Áustria. Segunda: definir melhor a função-leitor, que tem um papel essencial neste tipo de Congresso novo inventado por René Major.  Terceira: o que falta realmente são espaços de reflexão mais aprofundados. Seria preciso introduzir no Terceiro Mundial a possibilidade de trabalhar os temas também em pequenos grupos. Quarta: definir clara e democraticamente as modalidades de acesso aos sites da Internet.  Termino agradecendo a todo o comitê organizador brasileiro pelo enorme trabalho.  Conheço bem, pois organizei, eu mesmo, vários encontros internacionais.  Obrigado.  Obrigado.  Obrigado.