<< BACK

mesas

Jean Christian Delay (Dinamarca)

Plenária de Encerramento

Bem, na realidade, creio que alguns de vocês já expuseram, aqui, o que eu gostaria de falar. Farei, agora, essas colocações utilizando as minhas próprias palavras. Acho que houve momentos muito intensos e, provavelmente, a palestra de ontem - assim como tudo o que aconteceu depois – foi o momento mais forte deste Encontro. Portanto, eu gostaria de dizer umas poucas palavras sobre isso, tendo apreciado muito as escolhas das pessoas convidadas, assim como o fato de que essas pessoas vêm de fora da área da Psicanálise e trabalharam – à maneira de cada um - no sentido de lidar com alguns dos problemas mais sérios e difíceis que há no mundo atualmente, para que possamos pensar sobre algo que vem de fora do nosso próprio campo. Depois disso, procurei conversar com alguns dos meus colegas que estavam chocados e, mesmo, aterrorizados. De uma certa forma, eles teriam preferido que ele não tivesse falado. Este último ponto me preocupa muito, porque eu acho que a característica deste Encontro - que é incomum – é precisamente o fato de que propicia que um trabalho analítico seja confrontado com algo intenso e vivo, que convidamos à nossa presença; também ter provocado - na ordem de algo que é terrível – um discurso que não se encaixa com..., mas que podemos ainda criticar, o que, a meu ver, é o ponto mais importante. Acho que reduzir esse tipo de coisa ao silêncio é perigoso para nós, e nos fecharia as portas do mundo externo; que, algumas vezes, nós precisamos sofrer, escutando e, depois, devemos trabalhar isso – não de uma forma passiva, é claro - mas continuar…Uma forma de fazê-lo teria sido, talvez, escolher um ou dois colegas que tivessem lido os seus trabalhos, que tivessem criado um campo que fosse, talvez, menos dual, na situação que se deu ontem. Uma idéia que está ligada a isso é a de que, mesmo que se esteja falando sobre a pulsão de morte, devemos nos lembrar que, por diversas vezes, Freud afirmou enfaticamente – e isto já foi falado aqui anteriormente – que não podemos escapar dessa realidade e que a vida depende disso. Portanto, tal ligação deve ser feita. Se excluirmos a dimensão da morte, estaremos alienando a vida. Portanto, devemos insistir nessa questão.

Quero agradecer-lhes por esta oportunidade, assim como pelas reações intelectuais e emocionais que este Encontro provocou, e que são tão essenciais para nós. Isto faz com que este Encontro seja diferente de tantos outros encontros sobre Psicanálise. Muito obrigado.

Texto na íntregra para download
no formato Acrobat (.PDF)

Texto completo para download
en el formato Acrobat (.PDF)

Texte en entier pour download
dans le format Acrobat (.PDF)

Text in full for download
in Acrobat format (.PDF)

PORTUGUÊS ENGLISH

Caso não possua o programa Adobe Acrobat,
clique no ícone acima. (programa de distribuição gratuita)