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Maria Rita Kehl (Brasil
- SP)
Plenária de Encerramento
Boa tarde.
Eu que não vinha, estou contente de ter
vindo e, por isto, eu quero me pronunciar um
pouquinho a respeito justamente da função
leitor, eu acho que o X aqui em discussão é como é que
funciona ou não funciona esta função
leitor. Acho que as pessoas que estavam
em Buenos Aires sabem que a nossa discórdia
naquela época foi exatamente contra um
formato grande assim. Porque a função
leitor mais ou menos supre a questão da
autoria, também não acho que é também
porque o Foucault escreveu, botando uma interrogação
na questão do autor, que nós vamos
abrir mão das nossas autorias, nem o Joel
vai abrir da dele, mas enfim. A função
leitor, eu vejo, na verdade, Joel, mais como
um mal necessário para resolver questões
como me bem esclareceu Losicer que, num encontro
internacional, não tendo traduções
simultâneas para salas pequenas, nós
somos obrigados a ver tudo em grande plenária. Eu
vejo como um mal necessário, não
vejo como algo tão maravilhoso como você diz, mas
eu passei a aceitar. Só queria lembrar,
eu acho importante lembrar, que esse mal necessário
melhorou muito, eu concordo, por isto estou contente
em estar aqui, de Paris para cá, nunca
imaginei, Chaim, que já em Paris seria
melhor porque é em Paris. Melhorou
muito e muitos leitores, não todos, sinceramente,
mas muitos realmente abriram mão da sua
vaidade para falar do que leram porque houve,
justamente, tanta atenção e tanta
oposição. Então, o
que eu vejo, hoje, como resultado desse encontro,
e que eu parabenizo a comissão organizadora
também, é que esse grupo do qual
faço parte, que criou tensão,
que não queria que fosse assim, que discutiu,
etc., também tem alguma responsabilidade
da coisa ter mudado e muito da tensão é cisão;
eu não acho que haja nem uma cisão
nem uma intenção de cisão
e não acho que toda disputa, digamos,
no campo das idéias, das propostas, seja
necessariamente uma disputa de poder, a não
ser que a gente tome poder como verbo, eu quero
poder e não o poder. Então
eu acho que há tensão, acho que
em Estados Gerais, se houver outras reuniões,
eu espero que haja em modelo pequeno, como os
latino-americanos, que a gente possa, eu acho
que os modelos pequenos são mais produtivos
para a teoria e os modelos grandes, talvez, sejam
mais produtivos para a questão política
da psicanálise. Espero que a gente possa
manter modelos pequenos daqui para a frente e
modelos grandes e que a tensão tenha que
ser abolida como uma sensação persecutória
de que se houver tensão, estamos rachando,
estamos em disputa de poder. Eu acho que é tensão
mesmo, ela é bem vinda entre nós,
entre nós psicanalistas que lidamos com
isto o tempo todo. Só isto. Obrigada.
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